
No país que mais mata integrantes da comunidade LGBTQI+ no mundo, e um jovem negro é morto a cada 23 minutos, segundo relatório do Mapa da Violência, de 2014, Emicida, Major e Pabllo Vittar estão juntos na necessária AmarElo. Utilizando de trechos da música Sujeito de Sorte, composição originalmente lançada pelo cantor e compositor cearense Belchior (1946 – 2017), no clássico Alucinação (1976), o trio se concentra em discutir depressão, suicídio, preconceito e a permanente necessidade de sobreviver em um cenário consumido pelo caos e a opressão diária.
“Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes / Achar que essas mazelas me definem, é o pior dos crimes / É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóiz sumir / Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro / Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro“, cresce a letra da canção. Ponto de partida para o novo trabalho de estúdio do rapper paulistano, obra que conta com o complemento da já conhecida Eminência Parda, entregue há poucas semanas, AmarElo ainda chega acompanhada de um clipe dirigido por Sandiego Fernandes e roteirizado pelo próprio Emicida.
Emicida – AmarElo (feat. Majur e Pabllo Vittar)